Pra Quem Sabe Atar Um Bocal
Carlos Madruga
Vinha Baltar se aumentando
Um florão de Colorado
Um tigre de queixo atado
Estampa, marca e função
Pala torcido na mão
Das cores do seu estado
De surrar uco aporreado
Das canchas de um chapadão
Uma saudade matreira
Negaceando um faz de conta
Estrelas de sete pontas
Calçadas nas garroneiras
Um semblante de fronteira
Debaixo de um chapéu negro
A vida sobre um pelego
E a sorte nas estribeiras
Don saudando um peão de estância
Peão das tropas peão das domas
Guardando o suor das caronas
Pra salgar antigas ânsias
Sorvendo o chão das distâncias
A cascos de bons cavalos
Forjando o canto de galos
Pra perpetuar ressonâncias
Estampa xucra do pago
Na pátria do campo aberto
Onde o horizonte é mais perto
E o pampa se estende largo
Alma grande sem embargo
De um coração amigaço
Sempre pronto pra um abraço
Entre um pito e um mate amargo
Campeia o rumo dos ventos
Num olhar de gavião mouro
Tronqueira pechando touro
O mundo velho rural
Pelo jeito do bagual
Já se conheço o domeiro
Meus respeitos de campeiro
Pra quem sabe atar um bocal
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